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Resenha do filme: A menina que roubava livros

      Este filme foi baseado na obra do escritor Markus Zusak. 
     O filme é um drama; foi lançado neste ano (2014), em 31 de janeiro. Foi dirigido por Brian Percival, pela FOX filmes. A classificação indicativa é acima de 10 anos.
     Tanto no livro como no filme, quem narra a história é a “MORTE” (em 3° pessoa). A narrativa, que ocorre durante a Segunda Guerra Mundial, é impecável na descrição dos horrores da perseguição dos nazistas aos judeus e, principalmente, em expressar a dor humana diante da sua difícil luta pela sobrevivência – a qual, no filme, se apresenta como impossível. O modo como ela descreve os humanos, em especial, Liesel dá um outro interessante olhar sobre esse período; mas, ao mesmo tempo, atrapalha um pouco algumas cenas, não deixando ao telespectador a oportunidade de se emocionar e sentir o que os personagens sentem... Quem dubla a voz da morte no filme é Roger Allam.
     O drama conta a história da pequena Liesel Meminger (interpretada por Sophie Nélisse), filha de uma comunista (HeikeMacatsch)A história começa em um trem, pois a mãe de Lisel leva os filhos para um casal, que iria adotá-los; porém, o irmão (Julian Lehmann) da menina morre durante a viagem. Quando o coveiro enterra o corpo do pequeno menino, deixa cair um livro (O Manual do Coveiro). A menina se abaixa, o pega e o esconde no casaco, pois essa e uma pequena fotografia eram as únicas lembranças que ela tinha de seu irmão.
    Liesel é adotada por um casal bem incomum: Hans Hubermam (Geoffrey Rush),um pai doce, carinhoso e gentil que trabalhava como pintor e Rosa Hubermam, uma mulher de temperamento e coração duros, mas, ao mesmo tempo, frágil. O pai da menina a ensina a ler, pois, ela é ridicularizada na escola e ele incentiva-a a ter paixão pelas palavras. 
      Rudy, era o vizinho e o melhor amigo de Liesel. Ele foi seu companheiro, e o namorado que ela nunca teve. 
      Pouco depois da menina ter chegado á nova casa, aparece Max (Ben Schnetzer), um judeu que procurava se esconder. O pai de Max fora o melhor amigo de Hans. Durante a 1° Guerra Mundial (que ambos participaram), ele salvara a sua vida. Hans Hubermam prometeu a família de seu amigo, que faria qualquer coisa para ajudá-los; por isso, Max passa a viver com a família. E depois, de algum tempo, ele e Liesel se tornam grandes amigos. 
      Apesar de viver com muitas dificuldades, de presenciar a morte várias vezes durante sua vida e de conviver com um constante medo, Liesel Meminger foi feliz e viveu bastante... 
      Em minha opinião, a direção de  BrianPercival foi boa, a adaptação do livro não foi uma cópia fiel, e isso foi positivo em alguns momentos, e negativo em outros: o filme acrescenta algumas cenas e frases, mas tira outras que eram emocionantes e nos envolveriam mais com o enredo. A atuação de todos os personagens foi magnífica. Em cada palavra, em cada olhar, em cada gesto, em cada acontecimento conseguimos ver a emoção no rosto de Liesel, do Rudy, do Hans, do Max. No caso da Rosa, a expressão é mais “escondida”; ela não sabe demonstrar seus sentimentos e isso continuou claro.
     Foi estranho o desenrolar dos acontecimentos, não temos muita noção do tempo na história. O filme não mostrou muito o sofrimento de Liesel pelo seu irmão, sua dificuldade em aprender a ler e a escrever. A amizade de Liesel com Max foi diferente, pois ao longo do tempo, eles foram adquirindo confiança, simpatia e amizade, foi algo bem construído no filme.
     A trilha sonora foi excepcional!Em cada momento foi escolhida a melhor música para representar o sofrimento ou a alegria dos personagens. Além disso, o cenário e a filmagem do filme, foram muito bem trabalhados. 
      Achei a mulher do prefeito muito superficial. Não houve um envolvimento verdadeiro antes do bombardeio, e de repente, elas se tornam amigas, foi algo confuso.
     A escolha de Sophie  Nélisse para representar o papel de Liesel não estava de acordo com a descrição e sua personalidade. O livro a mostra como uma menina muito magra, frágil e pequena. Acredito que apenas a sua atuação foi levada em consideração. 
    Mas apesar desses pontos, o filme é muito emocionante. Dá muitas lições sobre a amizade, o amor, preconceito (a vida...) Vale a pena assistir!


Aninha ;)
  

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